Especialista explica as vantagens de cada tecnologia para manter seu carro seguro
Bem antes de fechar a compra de um carro, muitos motoristas começam a pesquisar o valor do seguro e também opções que possam dificultar furtos e roubos. Embora existam tecnologias difundidas no mercado, ainda há certa confusão na hora de diferenciar localizador, rastreador e bloqueador.
O gerente de projetos da Compulog, Thobias Soares Licks, esclarece as diferenças e mostra as melhores opções, mas alerta que nada é infalível e não é raro optar pelas três tecnologias combinadas.
Localizador
Normalmente utilizado como “isca” em cargas de valor, já que em uma situação de roubo, a carga é separada do veículo de transporte e, a partir do localizador, as empresas de busca conseguem ir atrás e tentar recuperar o que foi roubado graças a baterias que podem ser adaptadas e fazem com que seu sinal possa ser emitido por vários dias.
Segundo Thobias Licks, os localizadores podem trabalhar por triangulação pela rede de celular GPRS ou ainda emitir sinal por Rádio Frequência (RF). “Ele até pode enviar essa localização aproximada para uma central, mas geralmente com uma margem de erro que pode inviabilizar sua localização. Para ajudar nessa condição, os localizadores podem emitir um sinal de rádio que por meio de antenas móveis permitem ir até o local da triangulação e fazer uma varredura para localizar a direção do sinal RF e assim encontrar fisicamente o veículo”, explica o gerente de projetos.
O alcance de localizadores que emitem sinal RF varia entre 1 e 10 quilômetros, dependendo muito da qualidade do equipamento. “Se o localizador transmite para uma central a triangulação, poderá ser encontrado em qualquer local que tenha cobertura de rede de celular”, comenta.
Rastreador
De acordo com Thobias Licks, o rastreador é opção mais eficiente, já que a tecnologia permite localizar o veículo com precisão razoável por meio de coordenadas geográficas GPS que são transmitidas para a empresa que presta o serviço. “Os rastreadores podem ser do tipo GPRS, que é mais acessível, pois pega as posições GPS e transmite utilizando a rede de telefonia celular. Por outro lado, é um pouco limitado em locais com a cobertura de celular prejudicada. Há também o rastreador satelital, que é mais caro, pois a comunicação de dados ocorre via satélite. Com um preço intermediário dos dois anteriores, o rastreador híbrido, dependendo da forma como é contratado, tem a capacidade de se comunicar pela rede GPRS quando esta está disponível e na falta dela comunica por satélite”, diferencia.
O gerente de projetos reforça que os rastreadores permitem que comandos sejam enviados para o veículo para travar portas, acionar pisca alerta ou sirene, podendo ainda gerar comunicação a partir do veículo para a central de monitoramento, exemplo com botão de pânico ou permitir escuta do interior do veículo, entre outros. “Existem modelos que permitem ter mais informações do veículo (telemetria), como velocidade, frenagem brusca, aceleração, consumo, entre outros. Mas existem custos adicionais para esse serviço”, acrescenta.
Bloqueador
Segundo Thobias Licks, os bloqueadores são equipamentos bem básicos que já se difundiram muito no mercado pelo nome ‘Corta Corrente’. “Consiste em um dispositivo eletrônico que detecta o acionamento do veículo e permite por alguns segundos que este funcione até que ele corte a injeção eletrônica causando a parada do motor. A forma de evitar que ele corte o motor é por meio do acionamento de um botão que fica escondido sendo apenas de conhecimento do proprietário do veículo. Os bloqueadores também podem trabalhar em conjunto com rastreadores/localizadores, de maneira que estes acionem o bloqueador a partir de um acionamento da central de rastreamento, ou quando com tecnologia embarcada, por fugir da programação”, explica.